Família Franciscana Portuguesa

«Entre as famílias espirituais, suscitadas pelo Espírito Santo, na Igreja, a Família Franciscana congrega os membros do Povo de Deus, leigos, sacerdotes e religiosos, que se sentem chamados e seguir a Cristo, no encalço de São Francisco de Assis. De formas diversas, mas em mútua comunhão vital, todos eles querem tornar presente, na vida e missão da Igreja, o carisma do Pai S. Francisco, que lhes é comum» (Regra da OFS, I, 1).

 

São muitas as famílias espirituais que existem na Igreja, como, por exemplo, a família beneditina, a família dominicana, a família carmelita, a família inaciana,… Cada uma teve um fundador ou fundadora que lhe comunicou uma espiritualidade, inspirada pelo Espírito Santo e marcada pela vivência de certos aspetos do Evangelho. Os franciscanos realçam, na sua vida, a pobreza evangélica, a simplicidade, a fraternidade, a menoridade, a alegria e a comunhão de louvor com toda a Criação.

 

Estas famílias religiosas vivem em plena comunhão com a Igreja Católica, que as aprova e que elas embelezam com seu modo de vida.

 

São Francisco de Assis, sendo um dos mais profundos imitadores de Jesus Cristo, atraiu à sua maneira de viver muitos irmãos e irmãs, leigos, religiosos, religiosas e sacerdotes, acabando por fundar três Ordens novas na Igreja: Ordem dos Frades Menores, Ordem das Senhoras Pobres ou Ordem de Santa Clara (Clarissas) e Ordem Franciscana Secular.

A PRIMEIRA ORDEM – Ordem dos Frades Menores
(OFM; OFMConv; OFMCap)

 

 

A primeira Ordem teve início com os primeiros companheiros que se juntaram a Francisco e quiseram seguir o seu género de vida. O nome de Menores foi-lhe dado por Francisco, como se pode ler na Legenda Perusina:

 

«Disse um dia o bem-aventurado Francisco a seus frades: “A Ordem e vida dos frades Menores é um pequeno rebanho, que o Filho de Deus, nestes últimos tempos, pediu ao seu Pai celeste, dizendo: Pai, eu quero que reúnas e me concedas um povo novo e humilde que, pela sua pobreza e humildade, se distinga, no presente, de todos os que o precederam; e que, como sua riqueza, não tenha senão a mim. E o Pai respondeu ao Filho amado: o que pediste foi-te concedido». «O Senhor, acrescentou o santo, quis que os frades tivessem o nome de “menores” porque são esse povo que o Filho de Deus requereu ao Pai (…)». «Como foi revelado ao bem-aventurado Francisco, que devia chamar aos seus religiosos “Frades Menores”, assim o fez escrever na primeira Regra, que levou ao senhor Papa Inocêncio III, que a aprovou e outorgou, antes de a apresentar oficialmente no Concílio» (LP 67).

 

A Ordem dos Frades Menores começou a existir oficialmente com a aprovação da Regra, em 16 de abril de 1209, pelo Papa Inocêncio III. Mas a Regra definitiva, a dita Regra Bulada, no fundo a única e verdadeira Regra da Ordem dos Frades Menores, redigida por S. Francisco de Assis, com a colaboração dos juristas da Ordem e dos canonistas da cúria pontifícia, que se mantém até hoje e se conserva como o documento inspirador básico da Ordem Franciscana, foi aprovada em 29 de novembro de 1223, pelo Papa Honório III.

 

A Ordem dos Frades Menores possui uma história muito diversificada e produziu, na Igreja, uma quantidade apreciável de grandes santos e de figuras célebres da evangelização missionária e da pregação, de grandes mestres da Filosofia e da Teologia e de abalizados exemplares de todos os ramos da ciência, da arte, da literatura. Só a título de exemplo, citamos, Santo António de Lisboa, S. Boaventura, Beato João Duns Escoto, Frei Rogério Bacon, e, em nossos tempos, Frei Agostinho Gemelli, fundador da Universidade Católica de Milão.

 

No decurso da história, a Primeira Ordem, no desejo de ser mais fiel às suas origens, veio a diversificar-se em vários ramos ou Obediências. Desde fins do século XIX e por influência e decisão do Papa Leão XIII, as diversas divisões da Ordem ficaram reduzidas aos três ramos principais:

  • Ordem dos Frades Menores, Observantes, conhecidos simplesmente por Franciscanos (OFM);
  • Frades Menores Conventuais (OFMCONV);
  • Frades Menores Capuchinhos (OFMCAP).

A SEGUNDA ORDEM – ORDEM DE SANTA CLARA
(OSC) (Clarissas)

 

«Quando trabalhava sem descanso na restauração da igreja de S. Damião, querendo que as lâmpadas estivessem ali perpetuamente acesas, ia pela cidade a pedir azeite. Um dia, quando se aproximava de uma casa, percebeu que havia gente reunida a jogar. Sentindo vergonha de pedir na sua presença, retirou-se. Mas, entrando em si mesmo, acusou-se de ter pecado. Correu em seguida ao lugar onde estavam os jogadores e confessou, diante de todos, que não ousara pedir esmola por respeito humano. De imediato, entrou na casa e, em francês, pediu que lhe dessem, por amor de Deus, o azeite necessário para as lâmpadas de S. Damião. Muitos operários trabalharam com ele na reparação da igreja. Interpelava, com voz forte, na alegria da sua alma, os vizinhos e transeuntes, dizendo-lhes, em francês: “Vinde, ajudai-me a trabalhar na igreja de São Damião; ela virá a ser um convento de senhoras, cuja fama e vida glorificarão, na Igreja universal, o Pai dos céus”. Eis como, cheio de espírito profético, ele anunciou coisas que haviam de realizar-se no futuro. Foi de facto, neste lugar sagrado, que a Ordem famosa e tão admirável das religiosas, chamadas “Damas pobres”, foi felizmente fundada pelo bem-aventurado Francisco, cerca de seis anos depois da sua conversão. A sua vida maravilhosa e as suas gloriosas instituições foram aprovadas pela autoridade da Sé Apostólica, pelo Papa Gregório IX, de santa memória, antes bispo de Óstia» (Legenda dos Três Companheiros, 24).

 

De facto a Segunda Ordem foi fundada por São Francisco de Assis e teve o seu início em Clara de Assis. Como descreve Tomás de Celano, Clara era “nobre pelo sangue, mais nobre pela graça, virgem no corpo, puríssima no espírito; jovem na idade, adulta na prudência; constante nos propósitos, ardente e entusiasta no amor de Deus; adornada de sabedoria e de humildade, Clara de nome, mais clara ainda pela sua vida, claríssima em suas virtudes” (1 C 18).

 

Clara contava 18 anos de idade, quando, na noite de 18 para 19 de março, a seguir ao domingo de Ramos de 1211 ou 1212, abandona a casa paterna e vai ao encontro de Francisco, que, rodeado dos Irmãos, em festa, ali, na Porciúncula, lhe corta os cabelos e lhe veste o hábito religioso e ela se consagra ao Senhor. Depois de um breve tempo, juntamente com sua Irmã Inês, no vizinho mosteiro das beneditinas de Bastia e, depois, no de Sant’ Ângelo di Panzo, foi viver com suas companheiras para o edifício contíguo à igreja de São Damião. Clara levou, com suas Irmãs, uma vida de austeríssima pobreza, segundo a “Forma de Vida” dada por Francisco.

 

Durante vários anos, as clarissas aceitaram a regra de S. Bento para poderem obter aprovação da Santa Sé e alguns Papas, como Gregório IX, Inocêncio IV e Urbano IV, dão-lhes também Regras ou, melhor, Constituições. Mas isto não impede que Clara chegue a escrever a sua própria Regra, que obtém aprovação do Papa Inocêncio IV, em 9 de agosto de 1253, praticamente nas vésperas da sua morte.

 

Enquanto Francisco passou a sua vida fora da cidade de Assis, Clara nunca saiu da sua cidade natal nem mesmo para fundar algum mosteiro. No entanto, em 1228, já existiam cinquenta e quatro mosteiros de clarissas a viver no mesmo espírito de S. Damião. Quando Clara morre, em 1253, estavam já mais de cem mosteiros de clarissas espalhados por toda a Europa. Nos princípios do século XIX, quando a vaga liberal avassalou e extinguiu e nacionalizou casas religiosas e centenas de mosteiros, estima-se que o número de clarissas deveria andar pelas 70.000. No século XVI, a sua implantação chega à América do Sul e Central e, no século XVII, em 1621, é fundado o primeiro mosteiro de clarissas nas Filipinas e em 1633 estão também presentes no mosteiro de Macau e na China. No século XX, as clarissas disseminaram-se pelo continente africano.

 

Em Portugal, existem atualmente os mosteiros de Vila das Aves, Cruz de Pelo (Vila Nova de Famalicão), Louriçal (Pombal), Monte Real, Fátima, Montalvo (Constância), Estrela (Lisboa), Monte Santos (Sintra), Câmara de Lobos e Santo António (Madeira), e Calhetas (S. Miguel-Açores).

 

Em todo o mundo as clarissas devem andar por umas 18 mil religiosas.

 

Santa Clara de Assis foi não apenas uma santa extraordinária e uma das maiores contemplativas e renovadoras da vida religiosa do seu tempo, como cofundadora com S. Francisco de Assis e Mãe e Mestra da “franciscanidade”, mas também uma mulher escritora e mística de invulgar genialidade e originalidade. Mas, sobretudo devemos acentuar que entre as clarissas houve santas e mulheres escritoras místicas e espirituais de invulgar valor. Entre elas podemos citar Santa Catarina de Bolonha, Beata Eustáquia de Messina, Beata Camila Batista de Varano e outras sem conta.

 

A TERCEIRA ORDEM – Ordem Franciscana Secular
(OFS)

 

«Também os homens casados lhes diziam: “Temos esposas que não podem ser abandonadas. Ensinai-nos, pois, um caminho que possa levar à salvação”. E os irmãos fundaram com eles uma Ordem, que se chama Ordem dos penitentes, e fizeram com que o Sumo Pontífice a confirmasse» (Anónimo Perusino 41).

 

O primitivo nome da Ordem Franciscana Secular, foi o de Irmãos e Irmãs da Penitência; nos fins do século XIII começou a prevalecer a designação de Ordem Terceira de S. Francisco de Assis, nome que, na Regra de Paulo VI, promulgada em 24 de junho de 1978, foi mudado para Ordem Franciscana Secular.

 

A Ordem Franciscana Secular nasceu num tempo em que o movimento dos Penitentes sobressaía largamente na Igreja. O primeiro nome do grupo de Francisco e seus companheiros foi Penitentes de Assis. Podemos ler na Legenda dos Três Companheiros: «Muitos importunavam-nos com perguntas: “Donde sois?” Outros perguntavam a que Ordem religiosa pertenciam. Ainda que fosse cansativo responder a todos os importunos, declaravam com simplicidade que eram apenas penitentes originários de Assis. De facto, o grupo não tinha ainda o título de Ordem Religiosa» (LP 37).

 

Os frades menores, nas suas missões por toda a Europa, fundaram Ordens Terceiras para viverem a “forma de vida” que lhes deu Francisco. Foi assim que nasceu a Ordem dos Irmãos e Irmãs da Penitência. Os frades são os primeiros responsáveis pela promoção, criação e organização da chamada Ordem Terceira da Penitência.

 

Os primeiros Irmãos da Ordem Terceira, segundo a tradição, foi o casal Luquésio e Bonadona, de Poggibonzi, na Toscana. Podemos dizer que pertenceram à Ordem Terceira pessoas que viveram no mundo e foram dirigidas espiritualmente por Francisco de Assis. Tais foram Jacoba de Setessoli, Praxedes de Roma, João Velita de Greccio e o Conde Orlando de Chiusi. Toda a aldeia de Greccio terá chegado a formar uma grande Fraternidade da Ordem Terceira.

 

Desde que Francisco se fez Penitente, em 1207, e sobretudo a partir de 1209, ano em que deixou de vestir-se de eremita e passou a vestir-se como frade, dedicou-se, cada vez mais, à promoção e desenvolvimento do Movimento dos Penitentes, que, por sua vez, buscava também a sua orientação e a sua norma de vida. Este Movimento é composto por pessoas de todas as condições sociais, casadas e solteiras. A fundação da Ordem Franciscana Secular ou Ordem Terceira da Penitência é tradicionalmente situada no ano de 1221, cinco anos antes da morte de Francisco.

 

Os Irmãos e Irmãs da Penitência observam a forma de vida dada por Francisco, que se pode resumir assim: Penitência, jejum e abstinência; Obras de Misericórdia; Vida de Oração; Vida em Fraternidade; Levar Paz e Bem à Fraternidade, à família e aos Irmãos; Viver em comunhão com a Igreja Católica; Praticar o acolhimento e defender os pequenos; A Fraternidade é considerada fonte de espiritualidade e de santidade; Solidariedade com os pobres; Inserção entre os seculares ou pertença à secularidade.

TERCEIRA ORDEM REGULAR
(TOR)

«Vendo o bem-aventurado Francisco que aquele convento de Greccio era humilde e pobre; e como a gente do lugar, apesar de muito simples e carecida de bens, era a sua preferida em toda a província, aqui vinha com frequência, umas vezes com mais demora, outras com menos. Além disso, havia lá uma cela que ele muito estimava, por ser pobre e solitária, da qual fazia o seu refúgio habitual. O seu exemplo, a sua pregação e a dos seus frades, levaram, com a graça de Deus, muitos habitantes a entrar na Ordem; muitas donzelas fizeram voto de virgindade, permanecendo entretanto nas próprias casas, vestidas de hábito religioso. Embora vivendo cada uma em sua casa, levavam vida comum, castigando o corpo com jejuns e orações, parecendo aos seculares e aos frades que o viver delas não se passava no meio do mundo e dos familiares, mas entre pessoas religiosas e santas, que de há muito servissem ao Senhor, embora elas fossem muito jovens e simples. Falando dos homens e das mulheres desta terra, dizia o bem-aventurado Francisco a seus frades: “Nem entre as grandes cidades há uma onde tantas pessoas se tenham convertido à penitência, como em Greccio, que é bem pequena terra”. À tarde, quando os frades cantavam os louvores do Senhor, como era costume fazerem naquele tempo em muitos conventos, os homens e mulheres daquela terra, grandes e pequenos, saíam de casa e, mesmo na rua, salmodiavam com os frades, acompanhando-os no refrão: “Seja louvado o Senhor Deus”. Até as crianças que mal sabiam falar, ao verem frades, louvavam o Senhor, como podiam» (Legenda Perusina, 34).

 

A Terceira Ordem Regular Franciscana (TOR) é como que um florescimento da Ordem Franciscana Secular ou Ordem Terceira de S. Francisco, que brotou primeiramente em Greccio, segundo a Legenda Perusina. Como já dissemos, a Ordem Terceira de S. Francisco ou Ordem Franciscana Secular teve o seu início, como organização religiosa, em 1221. S. Francisco deu uma norma de vida na Carta a Todos os Fiéis, mas especialmente com o documento jurídico, Memoriale Propositi do Papa Honório III e sobretudo com a primeira Regra, promulgada pelo Papa Nicolau IV, em 1289.

 

A TOR aparece no contexto de uma avidez de vida evangélica, que se difunde na sociedade da Europa central, em 132. Alguns irmãos da Ordem da Penitência, reúnemse e começam a levar um estilo de vida muito semelhante à dos frades da Primeira Ordem, tomando a designação de Ordem Terceira Regular ou, em latim, Tertius Ordo Regularis (TOR).

 

s sucessivos Papas acarinharam sempre este movimento de homens e mulheres que, à sombra dos conventos da Primeira Ordem e no estilo da Ordem Terceira de S. Francisco, vivem em comunidade, observando vida religiosa de clausura e emitindo os três votos de pobreza, obediência e castidade.

 

No século XIV uma bula do Papa Bonifácio IX autoriza os Irmãos e Irmãs da diocese de Utrecht a celebrar o seu Capítulo Geral. Uma precursora das Congregações Franciscanas modernas foi a Beata Angelina de Marsciano (+ 1435), que fundou uma série de mosteiros de vida franciscana da Ordem Terceira Regular.

 

Em 20 de janeiro de 1521, o Papa Leão X aprova a primeira Regra escrita especialmente para a Ordem Terceira Regular, o que faz que estas Congregações masculinas e femininas de vida regular franciscana deixem de estar obrigadas à observância da Ordem Terceira de São Francisco ou Ordem Franciscana Secular. Enquanto muitas destas Congregações se dedicavam à vida contemplativa, muitas outras exerciam atividades sócio-caritativas, muito apreciadas pelas autoridades civis.

 

Além de outras reformadoras e fundadoras, a que mais se realçou foi Santa Jacinta de Mariscotti (+ 1640), que, após vida secular descuidada, se converteu e exerceu, a partir do mosteiro de Viterbo, uma grande influência espiritual.

 

No século XVIII, a Revolução Francesa e, no século XIX, as supressões liberais, extinguiram quase totalmente a Terceira Ordem Regular Franciscana. Porém a divina Providência tinha novos desígnios sobre a Vida Religiosa. De facto, em fins do século XVIII, para responder às necessidades sociais provocadas pela revolução industrial e para levar a mensagem evangélica a todo o mundo, floresceu, um pouco por toda a Europa, talvez o maior movimento de vocações religiosas de toda a história da Igreja.

 

O Papa Bento XV, em 1921, escreveu uma carta ao Ministro Geral da TOR, exprimindo o seu desejo de unificar todos os mosteiros masculinos e femininos, mas este anseio do Papa fracassou.

 

Por sua vez, Pio XI, com a bula Nova Conditio, promulgou em 4 de outubro de 1927, a nova Regra para a Terceira Ordem Regular, que determinava a base canónica não só dos regulares, mas também de todas as congregações franciscanas masculinas e femininas.

 

Depois de um longo trabalho, o Papa João Paulo II promulgou, em 8 de dezembro de 1982, a nova Regra e Vida dos Irmãos e Irmãs da Terceira Ordem Regular de São Francisco.

 

Atualmente, quer ligados à TOR, quer à OFS, quer canonicamente autónomos, existem em todo mundo cerca de 180 institutos religiosos franciscanos.

 

Nos nossos dias, o ramo masculino da TOR anda pelos mil irmãos. O número das Congregações e de Irmãs da TOR franciscana é muito elevado e podemos dizer que conta com algumas centenas de milhar de religiosas. Em Portugal, estas Congregações estão federadas na Família Franciscana Portuguesa, e são exclusivamente femininas, como de seguinte se indicam:

 

  • Franciscanas Missionárias de Maria, fundadas em França, pela Beata Maria da Paixão, em Nantes, em 21 de maio de 1839;
  • Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, que têm como fundadores a Irmã Maria Clara do Menino Jesus e Frei Raimundo dos Anjos Beirão, da TOR, em Lisboa, em 1871;
  • Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, fundadas, na Madeira, pela Irmã Maria Wilson, de origem inglesa, convertida ao catolicismo;
  • Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, fundadas pela Madre Louise Mabille, em Calais, França, em 1854;
  • Franciscanas da Mãe do Divino Pastor, fundadas pela beata Maria Ana Mogas Fontcuberta, Catalã, em Madrid, em 1872;
  • Franciscanas de Nossa Senhora das Graças, fundadas pela Irmã Maria das Graças Rosa, em 25 de março de 1878;
  • Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho, fundadas pela Madre Maria Rodon Asensio, em Astorga, León, em 25 de março de 1978;
  • Fraternidade Franciscana da Divina Providência, fundada em 25 de março de 1942, pela Irmã Ana Maria de Jesus Faria Amorim.
  • Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado.
  • Franciscanas Concepcionistas ao Serviço dos Pobres.

JUVENTUDE FRANCISCANA (JUFRA) – MOVIMENTOS FRANCISCANOS

 

«Depois de contratar um escudeiro, montou a cavalo e dirigiu-se para a Apúlia. Chegando a Espoleto, arroubado em sua empresa, ao cair da noite procurou descanso. Entre sonhos, ouviu uma voz que lhe perguntava aonde pretendia chegar. Ele expôs minuciosamente o seu projeto. Outra vez a voz lhe perguntou: “Quem te pode valer mais, o Senhor ou o criado?” Francisco respondeu: “O Senhor”. “Porque deixas, pois, o Senhor para seguir o vassalo?” Então Francisco perguntou-lhe: “Senhor, que queres que eu faça?” “Volta à tua terra, retorquiu-lhe a voz, para cumprires o que o Senhor te revelar”. E repentinamente sentiu-se transformado noutro homem» (Anónimo Perusino, 6).

 

Francisco continua hoje a falar também aos jovens. A sua mensagem de paz e bem, de ecologia e respeito pela integridade da criação, o seu cuidado por todos os que a sociedade rejeita, constitui, hoje, o lema de vida de muitos jovens, rapazes e raparigas. Associados em vários movimentos de espiritualidade – que brotaram da vivência e carisma da Primeira, Segunda e Terceira Ordens Franciscanas – são para toda a Família Franciscana a esperança e o futuro.