27 Mai Frei ANTÓNIO DA RESSURREIÇÃO Um exemplo para os nossos dias
Nasceu em Arrifana de Sousa, “a seis léguas do Porto para a banda do nascimento do sol” (atual Penafiel). Quando morava no Convento da Conceição de Matosinhos, surgiu na sua terra natal um surto de peste, e ele pediu licença ao Prelado seu Superior para “curar os que feria a peste”. “Metido entre eles, andava em roda viva, sem descansar um momento”, confessando os feridos e os sãos, consolando e exortando os que lhe morriam nos braços, aos quais preparava sepultura. Pedia esmola para o seu sustento e dos seus pobres empestados.
“Um mês inteiro gastou neste exercício, merecendo com Deus a fama, que hoje goza, de santo e a coroa que lhe daria o céu”.
Quando já a peste estava a passar, apanhou-a ele. Mandou chamar um sacerdote, a quem rogou, para o não contagiar, que não entrasse na casa onde estava doente, mas duma escada, posta à janela do seu aposento, o ouvisse de confissão. Durou ainda mais dois dias, antes de falecer santamente em 1577. Sepultaram-no junto da ermida de São Roque. Mais tarde, o povo assinalou-lhe o lugar com o seguinte epitáfio: Cobre esta pedra os ossos do Venerável Fr. António da Ressurreição, frade de S. Francisco. que morreu, com reputação de santo, confessando, de peste neste lugar, ano de 1577.
Bibliografia – Esperança, II, pp. 498-499: Agiológio Lusitano, 25 de fevereiro, chamando-lhe “Manuel” e fazendo falecido em 1579; C. Alpalhão, A Capela de S. Roque e o Sarcófago de Fr. António da Ressurreição (para a história religiosa de Penafiel), em Itinerarium, XLVII, nº 170, maio-agosto 2001, 331-344.
Padre Arlindo Barbosa, Frei António da Ressurreição – Frade Franciscano, Penafiel, 2005.
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