Frei ANTÓNIO DA RESSURREIÇÃO Um exemplo para os nossos dias

Frei ANTÓNIO DA RESSURREIÇÃO Um exemplo para os nossos dias

Nasceu em Arrifana de Sousa, “a seis léguas do Porto para a banda do nascimento do sol” (atual Penafiel). Quando morava no Convento da Conceição de Matosinhos, surgiu na sua terra natal um surto de peste, e ele pediu licença ao Prelado seu Superior para “curar os que feria a peste”. “Metido entre eles, andava em roda viva, sem descansar um momento”, confessando os feridos e os sãos, consolando e exortando os que lhe morriam nos braços, aos quais preparava sepultura. Pedia esmola para o seu sustento e dos seus pobres empestados.

“Um mês inteiro gastou neste exercício, merecendo com Deus a fama, que hoje goza, de santo e a coroa que lhe daria o céu”.

Quando já a peste estava a passar, apanhou-a ele. Mandou chamar um sacerdote, a quem rogou, para o não contagiar, que não entrasse na casa onde estava doente, mas duma escada, posta à janela do seu aposento, o ouvisse de confissão. Durou ainda mais dois dias, antes de falecer santamente em 1577. Sepultaram-no junto da ermida de São Roque. Mais tarde, o povo assinalou-lhe o lugar com o seguinte epitáfio: Cobre esta pedra os ossos do Venerável Fr. António da Ressurreição, frade de S. Francisco. que morreu, com reputação de santo, confessando, de peste neste lugar, ano de 1577.

BibliografiaEsperança, II, pp. 498-499: Agiológio Lusitano, 25 de fevereiro, chamando-lhe “Manuel” e fazendo falecido em 1579; C. Alpalhão, A Capela de S. Roque e o Sarcófago de Fr. António da Ressurreição (para a história religiosa de Penafiel), em Itinerarium, XLVII, nº 170, maio-agosto 2001, 331-344.

Padre Arlindo Barbosa, Frei António da Ressurreição – Frade Franciscano, Penafiel, 2005.

Paulo Duarte
secprov@ofm.org.pt
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