O que é ser irmão? Ou a fraternidade de Francisco de Assis

O que é ser irmão? Ou a fraternidade de Francisco de Assis

Todos vós sois irmãos”, ensina Jesus (Mt 23, 8). S. Francisco, querendo seguir “à letra” este ensinamento do Mestre, fez deste preceito regra e forma de vida para os seus irmãos e irmãs: Fratelli tutti (Ex. 6,1).

O Papa Francisco, reconhecido admirador e seguidor do Poverello de Assis, acaba de nos confiar mais ima encíclica sob este mote, na qual propõe a toda a humanidade, crente ou não, um caminho para a “fraternidade e amizade social”. Esta só pode basear-se nesse amor sem fronteiras que une Francisco de Assis e Francisco de Roma na mesma causa: construir uma irmandade universal capaz de derrubar muros e transpor todo o tipo de fronteiras e barreiras artificiais (FT, 3).

Tentaremos, em breves parágrafos, expor as linhas fundamentais com as quais Francisco de Assis tece a fraternidade que Deus lhe inspirou.

Embora nos seus escritos Francisco usa a palavra Fraternitas apenas 11 vezes (uma destas na Vita prima, de Tomás de Celano), e sempre para designar a Ordem ou grupo de “irmãos” que professam a mesma Regra e peregrinam pelo mesmo ideal. Na referida Vida redigida por Celano, lemos a sentença programática: Volo ut Ordo fratrum minorum fraternitas haec vocetur (Vita prima, 38,3). Mas que significa isto?

Amar o irmão como ele é

A primeira caraterística da fraternidade franciscana é a igualdade. Francisco não quis fundar mais uma Ordem, mas acolheu o repto de Deus de criar uma Ordem composta de irmãos. Uma fraternidade de iguais, onde queria que «ninguém se chamasse prior, mas que todos sem exceção se chamassem irmãos menores» (1Re 6,3).

E quando seus irmãos perguntaram ao pobrezinho de Assis o que deveria ser o “verdadeiro frade menor”, respondeu: «Aquele que tiver a vida e as qualidades destes santos frades: a fé de Frei Bernardo, a simplicidade e a pureza de Frei Leão, a cor­tesia de Frei Ângelo, o aspeto gracioso e o senso natural com a fala bonita e de­vota de Frei Masseu, a mente elevada em contemplação que Frei Egídio, a virtuosa e constante ora­ção de Frei Rufino, a paciência de Frei Junípero, o vigor cor­poral e espiritual de Frei João das Laudes, a caridade de Frei Ro­gério e a solicitude de Frei Lúcido» (Espelho da Perfeição, 85).

Isto é, a Fraternidade franciscana, longe de ser a congregação dos perfeitos ou seleção dos melhores, é a conjugação das diferenças, onde ser exaltam a originalidade e qualidades de cada um, e é destas que resulta a “fraternidade verdadeira”.

Sem anular as diferenças de cada pessoa, todos merecem a mesma consideração pela igual dignidade da sua comum condição: irmãos. Na própria orgânica interna, as relações pessoais nunca são de pai para filho ou de superior para súbdito, mas de irmão para irmão, entre iguais. Tal igualdade não se funda na reivindicação de direitos, mas na oblatividade que vê no irmão um dom: “o Senhor me deu irmãos!”, lembra(nos) Francisco de Assis.

Com amor superior ao de mãe

A fraternidade de Francisco não tem como modelo a família de consanguinidade, embora possa inspirar-se na experiência do amor de mãe. Assim, se na primeira Regra Francisco invoca a experiência da maternidade para lembrar que «cada um deve cuidar e amar seu irmão, como a mãe cuida e ama o seu filho» (VIII,8); na Regra bulada a exigência parece apontar para mais longe: «Porque se uma mãe nutre e ama seu filho carnal, quanto mais amorosamente deve cada um estimar e cuidar seu irmão espiritual! (2 Regra, VI,7). Os biógrafos mais antigos narram que esta marca maternal se manteve na fraternidade franciscana, onde «os irmãos se amavam uns aos outros com íntimo amor, e mutuamente se ajudavam e nutriam, como uma mãe ao seu único filho» (Legenda dos três companheiros, 41).

Explicando melhor a nota acima referida, podemos corrigir que uma das características essenciais do grupo franciscano reside não tanto na igualdade como fim, mas no total respeito pela diferença e unicidade de cada irmão. Iguais, sim, enquanto filhos de Deus e irmãos de todos, mas diferentes porque assim escolhidos e chamados por Deus.

 Irmãos Menores

E sejam menores! Foi este o grande pedido que Francisco fez e faz aos seus seguidores: «Foi ele, com efeito, quem fundou a Ordem dos Irmãos Menores e lhe conferiu esse nome […]. Estavam para serem escritas na Regra as palavras “e sejam menores”, mas ao proferir estas palavras, naquela mesma hora, disse: “Quero que a nossa fraternidade se chame “dos irmãos menores”» (Tomás de Celano, Vida Primeira 38).

Num tempo em que a sociedade estava hierarquicamente estratificada e as diferenças entre os “maiores” e os “menores” eram abissais e intransponíveis, francisco quis operar também uma “revolução” social a partir do Evangelho. Na verdade, esta “revolução” nasce da sua descoberta do Pai. Se Deus é nosso Pai, não é só “Pai do Céu”, mas também Pai na terra, pai de todos os homens. Um Pai que faz de mim um filho (menor) e de todos nós irmãos.

Ao querer que todos se assumam como “irmãos menores”, o Santo de Assis pretende sobretudo que nada se intrometa entre os seus irmãos e a paternidade de Deus. Menores, isto é, como crianças ou filhos pequeninos nas mãos do Pai. Os frades menores são irmãos entre si porque, antes de tudo, são filhos do Pai que está nos céus e porque irmãos de Cristo.

Daqui brotam as atitudes de confiança e dependência, o espírito de infância, o encanto e gratidão, a ternura e cortesia, a generosidade sem limite, a felicidade do coração, a alegria de viver para narrar e cantar as obras do Pai. Tudo isto constitui a pobreza franciscana, que não consiste só nem tanto na escassez de bens materiais, mas no conjunto destas virtudes. Por isso, ela é fonte de alegria genuína (Exort. 21,1).

A ligação entre a menoridade ou humildade e a fraternidade é algo de intrínseco na visão franciscana. Na Regra de vida que concebeu para a sua Ordem, encontramos esta conceção revolucionária de obediência: “De boa mente sirvam e obedeçam uns aos outros”. Mas o preceito ganha outro significado quando lido no contexto: «Nenhum dos irmãos tenha qualquer poder ou domínio, sobretudo entre os irmãos. Porquanto, como diz o Senhor no Evangelho, os príncipes das nações têm domínio sobre elas; e os que são maiores entre as gentes, têm poder sobre elas (Mt 20, 25-26). Entre os irmãos não há-de ser assim, mas  aquele que quiser ser maior entre eles, seja dele ministro e servo e aquele que é o maior, faça-se entre  eles o menor (Lc 22, 26) E nenhum irmão faça mal a outro, ou do outro diga mal; antes, com caridade de espírito, de boamente sirvam e obedeçam uns aos outros, que esta é a verdadeira e santa obediência de nosso Senhor Jesus Cristo» (1R 5, 9-16).

Submissos a toda a criatura

«A fidelidade de francisco ao seu Senhor era proporcional ao amor que nutria pelos irmãos e irmãs», recorda o Papa Francisco (FT 3). Este amor que nele irradiava de Cristo fazia-o chegar a todos aquele com quem se encontrava e levavam-no a ir bem mais longe, atravessando fronteiras, derrubando muros, vencendo preconceitos. No tempo das cruzadas restituiu à Cruz de cristo o seu devido significado, e, num mundo em que uma minoria de senhores dominava multidões de servos, ensinou seus irmãos a, “por amor de Deus, submeter-se a toda a criatura” (1R 16,6). O amor de Deus é a palavra chave de tudo o que em Francisco parece grandioso: tão grande como o amor em sua Fonte. Por ser de tal proveniência, o amor verdadeiro só pode ser universal e aberto a todos (FT 6).

Num mundo como o nosso, marcado pela “vontade de poder” e busca de múltiplas formas se domínio (político, económico, religioso…cf. TG 15-25), tendência que gera inevitavelmente o medo do outro e as consequentes guerras (mais ou menos frias), o caminho proposto por Cristo (que não se valeu da sua igualdade com Deus, mas rebaixou-se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens) e S. Francisco é precisamente o inverso: como “irmãos menores”, submissos a todas as criaturas, sem alimentar “contendas nem conflitos” inúteis.

Amor e reciprocidade

Outra caraterística essencial da fraternidade é, para Francisco de Assis, a reciprocidade. Ao falar das relações entre os irmãos usa frequentemente expressões como: entre si (inter se), mutuamente (invicem), reciprocamente (vicitudinaliter), uns aos outros (inter se; inter alterius). Que «se amem sempre reciprocamente», prescreve com Testamento de Sena (3).

Toda a vida fraterna se deve reger pelo mandamento da caridade que, por natureza, apela à reciprocidade: amar uns aos outros como eu vos amei (Jo 15,12). A fraternidade é uma reciprocidade, onde cada um, antes de estar em função do todo, existe e vale por si nas relações recíprocas de cada um relativamente aos outros: altar alterius. Não admira, por isso, que Francisco nunca fala da fraternidade como universal abstrato, mas sempre de irmãos concretos que se encontram e com-vivem entre si, na lógica do dom: O Senhor me deu irmãos (Testamento).

Este amor recíproco não nasce de um afeto ou sentimento meramente humano (não somos um grupo de amigos), mas brota a experiência do Amor e de se saber amado. Por isso, o verdadeiro amor fraterno manifesta-se em gestos concretos como pede o próprio Senhor: «e amem-se mutuamente, como diz o Senhor. É este o meu mandamento, que se amam mutuamente, como eu os amei (cf. Jo 15,12). E mostram com obras o amor que nutrem mutuamente, conforme diz o Apóstolo: não amemos de palavras e com a boca, mas sim com obras e verdade» (1Re 7,15). Como relembra o Poverello, «ama de verdade o amigo… aquele que por obras mostra a sua caridade» (Exort. IX,3).

A reciprocidade fraterna aplica-se também ao “voto” da obediência. Na fraternidade franciscana não há superiores e súbditos, mas irmãos que se obedecem reciprocamente à imitação de Cristo: «Nenhum dos irmãos faça mal ao outro, ou do outro diga mal. Antes, com caridade de espírito, de boamente sirvam e obedeçam uns aos outros. Que esta é a verdadeira e santa obediência de nosso Senhor Jesus Cristo» (1Re 5,13).

Não admira, na sequência do que foi dito, que, para Francisco, a verdadeira obediência seja entendida como comunhão de amor que leva a “dar a vida pelos irmãos”: «Quem antes quer sofrer perseguições, que abandonar o convívio dos irmãos, esse vive verdadeiramente em perfeita obediência, porque dá a sua vida pelos seus irmãos (Jo 15, 13)» (Exort. III,9) cf. 1Jo 13,16.

 Confiança e compromisso: dar e receber

É outra nota típica da fraternidade segundo S. Francisco é a subsidiariedade. Esta baseia-se na confiança e compromisso mútuo. Sendo uma fraternidade de irmãos “pobres” e “menores” por opção, todos necessitam dos demais irmãos para as suas necessidades corporais ou espirituais. Por isso, o fundador da família franciscana insiste que «os irmãos devem manifestar confiadamente uns aos outros suas necessidades, para que lhe procurem e lhe tragam o que for necessário» (1Re 9,16). Viver a fraternidade é, portanto, assumir a não auto-suficiência, e um ato de fé e confiança nos irmãos. Manifestar aos irmãos as próprias “necessidades” constitui a expressão mais autêntica da condição mendicante que é própria de todo o homem que se sabe incompleto, imperfeito e peregrino da plenitude.

A par da subsidiariedade está a oblatividade, que se exprime no duplo movimento de dar e receber, e se traduz numa dupla dimensão: no âmbito externo e interno. No primeiro caso fala-se da mais óbvia partilha de coisas. É importante, mas não o mais importante, pois nem sempre o dar coisas significa “dar-se” e partilhar a vida. Por isso, é o âmbito interno, isto é, o dom de si, que edifica a verdadeira comunhão fraterna. Este duplo movimento (dar e receber) e âmbito (interno e externo) é que garantem que os membros da fraternidade, longe de serem consumidores ou parasitas da mesma, sejam realmente pedras vivas na construção de um edifício sempre em construção.

A misericórdia que cura

A misericórdia é outra das cores que formam o arco-íris da fraternidade franciscana. Francisco, não obstante a sua alma poética e mística, conhecia bem a realidade humana e sabia ainda melhor como um dos grandes obstáculos à comunhão deriva da debilidade do ser humano, que produz, como reação natural o juízo condenatório, a maledicência, a difamação, a rejeição do outro. Contra estes males que corroem as relações fraternas, o antídoto proposto por Francisco vem, mais uma vez, do Evangelho: «E façam entre si como ensina o Senhor: tudo o que querem que vos façam os homens, fazei-o também vós a eles (cf. Mt 7,12) e o que não queres que te façam, não o faças aos outros» (1Re 4,4-5).

Ora, a verdadeira caridade fraterna manifesta-se especialmente perante as fraquezas do irmão: «Bem-aventurado o homem que suporta o próximo na sua fragilidade, como queria por ele ser suportado» (Exort. 17,1). E, na Regra, insiste: «E não se irritem nem perturbem por causa do pecado de algum, porque a ira e perturbação prejudicam a caridade em si e nos outros» (2Re 7,3); «mas do melhor modo que puderem, ajudem espiritualmente aquele que pecou, porque não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes (Mt 9,12). Como vemos, a inspiração ou regra de vida da fraternidade franciscana é sempre o Evangelho.

Praticar a misericórdia significa acolher o outro como ele é e não como nós gostaríamos que ele fosse; e, por outro lado, não querer nunca ser “maior” ou fazer as vezes de Deus usurpando-lhe o poder de julgar.

Nem aos “superiores” ou Ministros colocados à frente da Fraternidade é concedido a omnipotência de julgar e condenar. A um ministro que sentia dificuldades com alguns de seus irmãos, Francisco dá estas orientações: «Não pretendas deles [irmãos] outra coisa, senão o que o Senhor dispuser a teu respeito. E ama-os precisamente desta maneira, não exigindo que sejam melhores cristãos. E isto valerá para ti mais que o retiro num ermo. E é desta foram que eu quero ver se amas o Senhor e a mim, seu servo e teu, se procederes assim: Que não haja no mundo nenhum irmão que, por muito que tenha pecado e venha ao encontro do teu olhar a pedir misericórdia, se vá de ti sem o teu perdão. E se não pedir misericórdia, pergunta-lhe tu se a quer. E se, depois, mil vezes vier ainda à tua presença para o mesmo, ama-o mais que a mim, a fim de o trazeres ao Senhor» (CM, 1-12).

 Fraternidade universal, isto é, alargada a todas as criaturas

A encíclica Fratelli Tutti não chega a desenvolver esta dimensão universal da fraternidade, já que se centra na “fraternidade e amizade social”. Contudo, essa dimensão está presente na Laudato Si’ (89-92).

Tendo bebido nesta fonte da sabedoria bíblica, Francisco faz da fraternidade o grande testemunho de Deus no mundo. Testemunho da paternidade divina para com todas as criaturas; testemunho do amor que dá vida e sara as feridas, como no-lo mostra a Paixão de Cristo que continua na paixão de cada irmão; testemunha de que a humanidade não está condenada ao fratricídio, nem à aterradora solidão da morte.

Já sabemos que Francisco, sem negar a superioridade do género humano face às demais criaturas, acredita que o homem pode aprender com estas a adotar a atitude correta em relação ao Criador e suas obras: «Ó homem, considera a quanta grandeza o Senhor te levantou, pois te criou, dando-te um corpo à imagem do seu Filho dileto, e dando-te um espírito à sua própria semelhança (Gn 1, 26). 2E, no entanto, todas as criaturas que há debaixo dos céus, cada uma delas, a seu modo, serve e reconhece e obedece ao seu Criador, bem melhor que tu o fazes» (Exort. V, 1-2)

Sem dispor dos conhecimentos científicos que estão hoje ao nosso alcance, S. Francisco de Assis intuiu que o ser humano está biologicamente irmanado com todos os outros seres. No nosso corpo podemos encontrar todos os elementos que se encontram nos demais seres. Somos, como diziam os antigos Padres da Igreja, um microcosmo ou uma síntese de todo o cosmos. Por isso, somos parte do todo, mas somos sobretudo todos “filhos” desta “irmã e mãe terra que nos sustenta e governa”. Repare-se no detalhe destas palavras de Francisco: a terra é irmã e mãe e, por isso nos sustenta e governa (CC). Como diz a encíclica Omnes Fratres, citando o Santo João Paulo II, «Deus deu a terra a todo o género humano, para que ela sustente todos os seus membros, sem excluir nem privilegiar ninguém» (FT 120). A renúncia Francisca à posso e à acumulação deriva desta consciência de que os bens da terra são dons do céu, e, por isso, devem sustentar, de graça, todos os que habitam esta casa comum.

 

A alegria de ser irmão e ter irmãos

Para terminar, outra caraterística da fraternidade franciscana é a alegria. Uma alegria que brota da fonte já conhecida: Tu és gozo e alegria (LD 4). Efetivamente, a grande fonte e motivo da alegria são, para Francisco, o poder saborear e partilhar as “palavra e obras” do Senhor: «Bem-aventurado o irmão que não sente satisfação e alegria se não nas santíssimas palavras e obras do Senhor e com elas leva, com gozo e alegria, os homens ao amor de Deus» (Exort. 20,1-2).

Na primeira Regra escreveu: «E não se mostrem tristes nem hipocritamente sombrios, mas alegres no Senhor e de bom humor e convenientemente agradáveis» (1Re 7,15). Francisco rejeita, assim, todas as formas de espiritualidade que promoviam o ideal da taciturnitas que habitava muitos mosteiros do seu tempo, bem como alguns movimentos seus contemporâneos, como os Cátaros. Pobreza ou qualquer forma de ascese sem alegria não fazem sentido na vida franciscana: «Onde mora a pobreza com alegria não há cobiça nem avareza» (Exort. 27,3)

Francisco chega a comparar a tristeza ao pó com que o Maligno tenta ensombrar as almas. Por isso, aconselha o cristão a «defender-se e reagir pela alegria» (Tomás de Celano, Vida segunda, 125). A famosa página sobre a “perfeita alegria” não é senão o antídoto contra esse “pó” que o Maligno teima em acumular na alma e na vida das nossas fraternidades. Reaprendamos, pois, com Francisco.

Fr. Isidro Lamelas

Paulo Duarte
secprov@ofm.org.pt
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